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Despedida a Wadih Mutran: Um Legado de Fidelidade, Ação e Compromisso com São Paulo

  • Foto do escritor: Marcio Pereira
    Marcio Pereira
  • 30 de jul.
  • 2 min de leitura

São Paulo se despede de um de seus mais emblemáticos e longevos políticos, Wadih Jorge Mutran (PP), falecido nesta terça-feira, 29 de julho, aos 89 anos. O enterro, realizado nesta manhã no cemitério Quarta Parada, reuniu uma expressiva parcela da classe política paulistana, incluindo o prefeito Ricardo Nunes, vereadores e deputados, evidenciando o respeito e a admiração que Mutran conquistou ao longo de sua trajetória.

Com mais de três décadas dedicadas à Câmara Municipal de São Paulo, entre 1983 e 2016, Wadih Mutran se tornou um decano, o vereador mais antigo da cidade em sua última legislatura. Sua atuação foi marcada por um compromisso inabalável com a população, refletido em mais de 740 projetos de lei elaborados, dos quais mais de 94 se tornaram leis. Como advogado, presidiu a Comissão de Constituição e Justiça por dois anos consecutivos e foi membro da Comissão Permanente da Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, demonstrando sua preocupação com temas essenciais para o bem-estar social.


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Além de sua vasta produção legislativa, Wadih Mutran se destacou por sua lealdade e caráter inabalável. Em tempos adversos, como durante o processo de cassação do então prefeito Celso Pitta, Mutran foi um dos poucos vereadores que permaneceu ao seu lado até o fim. Essa amizade e lealdade perduraram até o fim da vida do ex-prefeito, com Mutran sendo um dos únicos vereadores em exercício a comparecer ao velório de Pitta. Esse tipo de atitude, que prioriza a amizade e a convicção acima de conveniências políticas, serve de exemplo para futuras gerações.

Sua conexão com a comunidade, especialmente a da Vila Maria e região, era profunda. Mutran era conhecido por sua acessibilidade, atendendo pessoalmente a todos os moradores que o procuravam. Sua proatividade se estendia para além das obrigações parlamentares: em uma época em que o sistema de saúde municipal não oferecia o suporte atual para locomoção de pessoas com dificuldade de movimento.

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Mutran pagava do próprio bolso ambulâncias para atender internações e deslocamentos de munícipes necessitados. Embora por vezes rotulado de "populista" pela oposição e imprensa, sua preocupação genuína em resolver problemas práticos e atender quem precisava o diferenciava de críticos que, segundo ele, "não resolviam nada". Gilmar Argenta, morador da região da Vila Maria e presidente da APREST, lamentou: "Pessoas como Wadih, com sua humanidade e dedicação, são verdadeiramente insubstituíveis".

Que Deus traga refrigério à toda família Mutran, amigos e todos nós da região da Vila Maria, e que sua trajetória de serviço, lealdade e compromisso com o próximo inspire a todos, especialmente os políticos da nova geração.

 
 
 

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